Breve
História da Escola Estadual Professor João Menezes
A ideia de dotar nossa
cidade de uma escola pública que pudesse oferecer aos jovens carentes uma continuidade
nos estudos primários nasceu nos princípios da década de 1950, quando Padre
Abel de Abreu Vouguinha idealizou a criação do Colégio Santo Antônio, pois pretendia
que sua construção se desse nas imediações da Igreja Santo Antônio, na época,
um local pouco povoado. Embora tivesse a ideia, o padre não tomou nenhuma
iniciativa concreta, uma vez que priorizou as construções da Matriz e da Igreja
do Rosário, retomando a ideia alguns anos mais tarde.
Em
1952 esboçaram-se os primeiros projetos para a construção do sonhado prédio
escolar que oportunizaria a todos, meninos e meninas de Piumhi e cidades próximas,
o acesso ao estudo. Até então, apenas alguns privilegiados financeiramente
poderiam estudar em escolas particulares existentes em cidades vizinhas. Ainda
nessa época foi fundado o “Ginásio de
Piumhi S/A”, sob a liderança de Francisco Machado de Souza, Heitor Ferreira
Hostalácio, Homero Arantes e Ludgéro Lima Arantes – os quais, historicamente, foram
denominados fundadores da escola. Essa sociedade visava a conseguir recursos de
todas as espécies para a edificação do prédio, dividindo “ações de sociedade”
da futura escola em troca da ajuda recebida.
Diante
da necessidade do lugar para construir-se o prédio, o Club Esportivo América
Futebol Clube, resolve doar sua sede para ajudar na nobre causa.
Com
parte das paredes levantadas e a estrutura quase pronta, sob a liderança do
Padre Abel, a obra foi reiniciada. Já velho e doente, o padre pouco pôde fazer
em prol da escola.
Com
a morte do Padre Abel, em princípio de 1959, veio para Piumhi o dinâmico Padre
Alberico de Souza Santos, que, após algumas atividades na área da saúde, retoma
a obra do Colégio. A Sociedade “Ginásio de Piumhi S/A” passou a posse do prédio
em construção para as Obras Sociais da Paróquia de Piumhi, aos 21 de setembro
de 1962.
Em
1965, Padre Alberico dinamizou os trabalhos de construção, mas não sozinho,
buscou auxiliares importantes: Bossuet Costa, Amâncio Cassini Neto, Rômulo
Bandinhani e a participação decisiva do Reverendo Márcio Moreira, então Pastor
da Igreja Presbiteriana de Piumhi – aos quais chamamos de Instaladores da
Escola.
Juntos
terminaram a obra, passando a escritura de posse do prédio para o Estado de
Minas no dia 24 de abril de 1965. Antes disso, porém, toda a papelada
burocrática fora organizada pelo professor Rômulo Bandinhani, em tempo hábil,
permitindo, que no dia 25 de março de 1965, a Escola Normal Oficial de Piumhi
abrisse suas portas à comunidade piumhiense. No primeiro ano matricularam-se 304
alunos, sendo esse acontecimento um marco histórico na história da cidade.
Nasceu assim, ao custo de muitas lutas, a nossa escola – “Muitas foram as lutas, decepções e até perseguições pseudopolítica. No
entanto, a vitória se tornava uma realidade, graças ao trabalho em equipe
daqueles homens que se propuseram a levar em frente um ideal, custasse o que
custasse” – desabafou Rômulo Bandinhani.
Em
21 de julho de 1966 o nome da Escola foi alterado para “Colégio Normal Oficial de Piumhi”. Em 10 de outubro de 1968, para Colégio Estadual “Professor João Menezes”.
E, finalmente, em 8 de maio de 1974 o educandário passou a denominar-se “Escola Estadual Professor João Menezes”,
uma justa homenagem a um ilustre farmacêutico e professor de Piumhi.
O
primeiro Diretor da Escola foi Padre Alberico de Souza Santos, que se afastou
provisoriamente em 20 de agosto de 1975, sendo substituído pela professora
Lúcia Silva, que assumiu o cargo em caráter definitivo após a morte do Padre
Alberico, em 29 de abril de 1976. A professora Lúcia Silva dirigiu a Escola até
1º. de março de 1979; foi substituída pelo professor Euclides Garcia Pereira
que ocupou o cargo durante 4 anos. Maria das Dores de Oliveira dirigiu a Escola
nos anos de 1983 a 1987; Maria das Dores de Souza Lopes esteve na liderança da
instituição em 1988 e 1989. A partir de 1º de agosto de 1989 assume a chefia
Maria Inês de Oliveira Pereira, que permaneceu à frente da Escola durante quase
11 anos. Maria Inês passou o cargo para o professor Francisco de Assis Dornela
que esteve na direção entre 2000 a 28 de fevereiro de 2007, quando se afastou por
problemas de saúde. Foi substituído, interinamente, pelo Professor Antônio
Carlos da Silveira, o qual assumiu a função no dia 1º. de março de 2007,
ocupando-a até 02 de julho do mesm0 ano. No dia 3 de julho de 2007 assumiu a
gestão da Escola a Professora Betânia Moreira da Silva Salgado.
Aquela
escola, que nasceu pequenina e frágil, hoje é uma das maiores da região e com
um ensino de altíssima qualidade, sempre com aperfeiçoamentos pedagógicos a fim
de “Conhecer o passado, modificar o
presente construir um futuro melhor”, formando, assim, verdadeiros cidadãos.
Homenagem
aos fundadores e instaladores da escola, ao patrono, aos diretores, aos
educadores (professores, especialistas e funcionários), ex-alunos e aos alunos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário